segunda-feira, 25 de abril de 2011

Newton

A vida de Newton pode ser dividida em três períodos. Mas aqui vamos dar ênfase no segundo, de 1669 a 1687, período altamente produtivo em que ele era professor Lucasiano* em Cambridge. O terceiro período viu Newton como um funcionário do governo bem pago em Londres, com muito pouco interesse pela matemática.
*Professor lucasiano é o nome que se dá a uma cátedra** de Matemática da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. 
**Cátedra é uma posição contratual, de natureza permanente, destinada ao ensino e investigação numa determinada disciplina científica numa universidade e à coordenação desse ensino e investigação.
Um tio o enviou para o Trinity College, Cambridge, em Junho de 1661.
Como mais um fato estranho em sua vida, Newton foi para faculdade cursar direito. Em Cambridge ele estudou a filosofia de Aristóteles, Descartes, Gassendi e Boyle; a nova álgebra e geometria analítica de Viète e Wallis; a mecânica da astronomia de Copérnico e Galileo, e a ótica de Kepler o atraíram.
Seu gênio científico despertou quando uma epidemia de peste fechou a Universidade no verão de 1665, e ele retornou a Lincolnshire. Lá, em um período de menos de dois anos, Newton que ainda não tinha completado 25 anos, iniciou a revolução da matemática, óptica, física e astronomia. (Vocês conseguem imaginar! Primeiro: ele fez isso nas férias; segundo: ele nem gostava de matemática! )
Durante suas férias forçadas, ele lançou a base do cálculo diferencial e integral, o "método dos fluxions", como ele o chamava, estava baseado na descoberta crucial de que a integração de uma função é meramente o procedimento inverso da diferenciação. (O que?! )
Quando estava com apenas 27 anos, foi nomeado para ocupar a posição de um de seus professores, por indicação do mesmo, devido aos seus trabalhos em cálculo integral.
O primeiro trabalho de Newton como professor Lucasiano foi em óptica, mas seu trabalho mais importante foi em mecânica celeste, que culminou com a Teoria da Gravitação Universal. Em 1666 Newton tinha versões preliminares de suas três leis do movimento. Ele descobriu a lei da força centrípeta sobre um corpo em órbita circular.
Um de seus amigos o convenceu a escrever um livro sobre sua nova física e a aplicação da mesma em astronomia, e em menos de dois anos tinha escrito os dois primeiros volumes do Principia (Philosophiae Naturalis Principia Mathematica ), que é reconhecido como o livro científico mais importante escrito.
Newton analisou o movimento dos corpos em meios resistentes e não resistentes sob a ação de forças centrípetas. Os resultados eram aplicados a corpos em órbita e queda-livre perto da Terra. Ele também demonstra que os planetas são atraídos pelo Sol pela Lei da Gravitação Universal, e generalizou que todos os corpos celestes atraem-se mutuamente.
Explicou uma ampla gama de fenômenos até então sem explicação: a órbita excêntrica dos cometas; as marés e suas variações; a precessão do eixo da Terra; e o movimento da Lua perturbado pela gravidade do Sol.
Depois de sofrer um colapso nervoso em 1693, abandonou a pesquisa para uma posição no governo em Londres, tornando-se Guardião da Casa da Moeda Real e Mestre. Foi agraciado com o título de cavalheiro (Sir) em 1708 pela Rainha Anne, o primeiro cientista a receber esta honra.
Morreu em 31 de março de 1727 em Londres, Inglaterra.
Curiosidades:
·         Em uma pesquisa promovida pela renomada instituição Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência.
·         Isaac Newton, um dos cientistas mais influentes de todos os tempos, previu o fim do mundo para 2060, segundo manuscritos do famoso físico.
Em uma carta datada de 1704, fez um cálculo baseado num fragmento da Bíblia, retirado do Livro de Daniel.
Segundo o cientista, 1.260 anos passariam entre a refundação do Santo Império Romano por Carlos Magno, no ano 800, e o fim dos tempos.  

Um comentário:

  1. Interessante observar como na história da Ciência anterior ao século XX é comum que teorias matemáticas, físicas, químicas etc. incluam elementos que hoje são vistos como estritamente "culturais" e, entre eles, meras "crenças", como se a cultura e as crenças não fizessem parte do que move, entre outras coisas, a pesquisa científica... Dá o que pensar, né?

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